Máfia da Moldávia assaltava vivendas.
Três suspeitos de sequestro e agressões graves a proprietários de vivendas que, com a ameaça de armas de fogo, roubavam, levando sempre dinheiro, jóias e armas, mais um arguido acusado de receptação, falsificação e detenção de arma proibida, foram ontem obrigados a prestar mais esclarecimentos ao tribunal, no dia em que estava marcada a leitura da sentença.
Os quatro arguidos moldavos foram detidos em Outubro de 2009, na sequência de uma investigação conjunta da Judiciária e da GNR a uma onda de roubos violentos de carros de alta cilindrada e a vivendas, praticados na zona de Alenquer e no Algarve entre finais de 2008 até Outubro de 2009.
Raquel Costa, presidente do colectivo de juízes que desde Setembro de 2010 julga no 1º Juízo Criminal do Tribunal de Alenquer os quatro homens, apontados como fazendo parte da máfia da Moldávia, quis que três dos arguidos explicassem melhor como e a quem venderam as jóias roubadas e uma caçadeira utilizada nos roubos.
Os arguidos desdobraram-se em explicações e, perante a insistência da juíza – que fez questão de recorrer à leitura do teor das escutas feitas durante a investigação –, não souberam apresentar argumentos que justificassem os actos praticados. Nomeadamente, o facto de um dos arguidos ter na sua posse, na altura da detenção, moedas de ouro de colecção. O embaraço dos arguidos era visível, ao ponto de, mesmo sabendo falar muito bem o português, terem recorrido ao intérprete do tribunal.
Nem o delegado do Ministério Público (MP) nem os advogados de defesa quiseram fazer qualquer tipo de intervenção, nem mesmo um acrescento às alegações finais já apresentadas.
Fonte: CM
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