Afinal a que Preside Jorge Riso e o PS Alenquer?

Infelizmente a algo que muito se vai assemelhando à “República das Bananas”, contudo esta Terra pode ter outro destino e outra prosperidade…

São vários os episódios que têm marcado este primeiro ano do Mandato Autárquico, ao qual Jorge Riso e o PS Alenquer presidem (este ultimo liderado por João Hermínio, também Vice-Presidente da Câmara Municipal). Ou melhor, deviam presidir, assumindo que a presidência devia ser o acto de dirigir e organizar de forma clara e objectiva o Município. Mas sabendo o antecedente profissional do Senhor que devia ser o nosso Presidente, também poderíamos aceitar que ele nos comandasse de forma assertiva e inteligente. Ora, para espanto de todos nós, nem isto podemos dizer que tenha acontecido, pois as crises sucedem-se!

Um Oficial, como é óbvio só comanda, tendo à sua disposição um bom grupo de Sargentos que leve à prática as linhas da corporação. Sabemos que todo aquele que sendo Oficial tem que fazer o seu trabalho e o dos seus Sargentos, mais tarde ou mais cedo pelo seu desgaste e pela corrosão da pirâmide, a mesma irá ruir.

E é para onde o Oficial de que falamos caminha, pois deixou o Sargento-mor, Presidente da Comissão Politica Concelhia do PS e Vice-Presidente da Câmara Municipal, ou seja, a pessoa que devia ser o seu braço direito, passar entre os pingos da chuva impávido e sereno como se nada fosse com ele nem com o Partido que lidera. Mais, durante todo este mandato não ouvimos esse Senhor pronunciar-se sobre nenhum dos problemas graves do município: não o ouvimos dizer nada sobre a dívida da Câmara a terceiros que de 6 milhões, por magia passou a 12 milhões (embora os valores actuais globais já excedam os 25 milhões), nada o ouvimos dizer sobre os problemas consecutivos na Educação, nada o ouvimos dizer sobre os concursos públicos talhados à medida dos amigos, e, entre outras, também nada ouvimos dizer sobre a renúncia da Sargento Manuela Mendes, Vereadora Independente eleita pelo PS, que teve até há pouco tempo a responsabilidade da Educação, Saúde, Acção Social e Juventude, e que farta da necessidade de ter ao seu dispor o apoio e confiança necessária vinda do seu Superior para executar o seu trabalho, pondo acima de tudo o interesse do Concelho, a dignidade, a política franca e clara, bateu com a porta e fez a desmoronar a estratégia de alguns que a queriam ver de lá para fora, abdicando simplesmente dos pelouros e não renunciando ao mandato, continuando como Vereadora, agindo em nome individual e desvinculando-se do PS.

É este o espelho de um mandato desnorteado, de um Oficial desesperado e de uns Sargentos matreiros, que muita água pela barba darão, tudo isto à medida que o Concelho entra em decadência, estagna, endivida-se desmesuradamente, afasta investimento, aumenta o desemprego e nem sequer vislumbra saída para estes conflitos e que faça aparecer uma luz ao fundo do túnel.

Tudo isto na Câmara Municipal, como no Governo, assente numa guerra de “comadres” entre PS e PSD (no nosso Concelho a Coligação Pela Nossa Terra), mas que na realidade é um jogo de fachada onde dentro de casa tudo se resolve e se encontram soluções que ponham de comum acordo os interesses dos amigos destes dois Partidos, menosprezando o superior interesse do Concelho e da nossa população!

Mais, a frase mais ouvida da boca do Oficial que devia ser o Presidente de todos nós é “não sei”, “desconheço”, “não fui informado”, “a culpa é dos serviços” – será sustentável até quando?

Texto Publicado pelo Jornal Nova Verdade, a 1 de Outubro de 2010

Artigo de Opinião da autoria de André Escoval